terça-feira, 14 de agosto de 2018

ANATOMIA E FISIOLOGIA DE UM POEMA

Sua substância não é carne e osso
É palavra e sentimento.
Os órgãos vitais são palavras,
O ar que respira é sentimento.

O coração rima, não bate
O sangue escreve, não circula
O cérebro faz pensar, não pensa
Os hormônios são tão somente
O mistério das palavras.

Os músculos, sua firme declaração
Os tecidos, seu palco
Os cabelos, seus vários caminhos
Os dedos das mãos, seu alcance
Os pés, a caminhada.

Os olhos enxergam além das palavras
Os ouvidos ouvem apelos silenciosos
A língua degusta o doce-amargo da vida
O nariz cheira a primavera do coração
As mãos acariciam a verdade.

As células de um poema: as letras
Todas juntas como tijolos
Um todo harmonioso
Dão vida a vida:
Um poema.


Carlos H F Gomes

Referências bibliográficas
Disponível em: < https://www.recantodasletras.com.br/poesias/276014>. Acesso em: 14 de 

segunda-feira, 18 de junho de 2018

JÁ OUVIU FALAR DA DOENÇA DE HUNTINGTON?

A doença de Huntington é uma doença hereditária, que afeta o sistema nervoso central. Causa alterações dos movimentos, do comportamento e da capacidade cognitiva.

A DH é causada por uma mutação no gene que codifica uma proteína chamada huntingtina (Htt). Esta mutação produz uma forma alterada da proteína Htt, que causa a morte dos neurônios em determinadas regiões do cérebro.

O mecanismo exato da doença ainda não foi esclarecido. Dois caminhos foram propostos: No primeiro, a proteína não pode exercer mais a sua função normal. No segundo caso, a proteína que sofreu mutação pode ser tóxica para as células nervosas.

Certas funções do cérebro, como a habilidade de se mover, pensar e falar, deterioram-se gradualmente à medida que células nervosas chaves são danificadas e morrem. A parte do cérebro mais afetada pela DH é o corpo estriado, que é uma estrutura dos gânglios da base localizada na região central do cérebro.

O corpo estriado é basicamente responsável pelo planejamento e controle dos movimentos, mas também está envolvido em outros processos cognitivos. À medida que a doença progride, ocorre uma destruição do córtex cerebral que contribui para a deterioração da capacidade cognitiva.


A maioria das pessoas afetadas desenvolve a doença durante a meia-idade, isto é, entre 35 e 55 anos. Aproximadamente 10% das pessoas desenvolvem sintomas antes dos 20 anos (DH juvenil) e outros 10% depois dos 55 anos. Mais raramente, os sintomas podem aparecer antes dos 10 anos de idade (DH infantil).

A DH é uma doença fatal que se desenvolve gradualmente. A duração média da doença é de 15 a 20 anos, mas isto varia de pessoa para pessoa.

A maioria das pessoas com DH não morre como resultado imediato da doença, mas sim de complicações causadas pelo estado de fragilidade do corpo, particularmente por asfixia em consequência de o doente se engasgar, por infecções e por parada cardíaca.

A DH recebeu o nome de George Huntington, um médico americano que descreveu a doença, em 1872. A sua descrição baseou-se em observações de famílias afetadas pela DH no povoado de East Hampton, Long Island, Nova Iorque, onde Huntington morava e trabalhava como médico. Ele foi a primeira pessoa a identificar o padrão hereditário da DH.

Disponível em: <http://abh.org.br/o-que-e-doenca-de-huntington/>. Acesso em: 18 jun. 2018.

terça-feira, 29 de maio de 2018

A DESCOBERTA DA CIRCULAÇÃO SANGUÍNEA


Após uma série de observações anatômicas que requisitaram técnicas de vivissecação (dissecação de animais vivos para o estudo de fenômenos fisiológicos) e dissecação, complementadas por um estudo teórico detalhado das descrições e ilustrações anatômicas disponíveis naquela época, William Harvey, um médico Inglês, publicou, em 1628, o Estudo Anatômico do Movimento do Coração e do Sangue dos Animais, em Frankfurte, na Alemanha.
Inicialmente, o médico Britânico observou o sistema circulatório de répteis, analisou o bater do coração e a pulsação de artérias e veias, o que lhe permitiu levantar hipóteses acerca da circulação humana, as quais diziam que o fluxo sanguíneo era circular e constante e que a função do coração era conservar esse fluxo. Para provar sua teoria, Harvey realizou um experimento com uso de torniquete no braço humano vivo.
O experimento ocorreu da seguinte forma:
Ao colocar um torniquete no braço de um indivíduo, surgiram protuberâncias nas veias do antebraço. Pressionou, então, o ponto O e passou o dedo desse até o ponto H (como mostra a imagem abaixo), o sangue desapareceu, isso porquê, a válvula presente no ponto O impediu a passagem do sangue até o ponto H. A compressão sobre este último ponto (H) foi mantida, porém, quando removido o dedo do ponto H, o sangue encheu rapidamente o trecho que estava “vazio”. Com esse experimento foi possível comprovar que o sangue passa das artérias para as veias, o sentido do fluxo sanguíneo e a existência das válvulas.

Sua teoria estava comprovada! Os estudos de Harvey que duraram quase vinte anos, mudaram as concepções do organismo humano, como por exemplo, as perspectivas de Herophilus e seu discípulo Erasistratus, pioneiros da dissecação anatômica humana, eles pensavam que as veias continham ar, e quando cortadas sangravam, pois, o ar era substituído pelo sangue.
A excelência de seu trabalho foi ter articulado conhecimentos anatômicos a uma perspectiva fisiológica.

Curiosidade: Harvey morreu acreditando que os pulmões eram responsáveis pelo resfriamento o coração.

REBOLLO, R. A. A difusão da doutrina da circulação do sangue: a correspondência entre William Harvey e Caspar Hofmann em maio de 1636. História, Ciências, Saúde Manguinhos, vol. 9(3): 479-513, set.-dez. 2002.

TALAMONI, A. C. B. Os nervos e ossos do ofício: uma análise etnológica da aula de anatomia. São Paulo: UNESP Digital, 2015.


Disponível em: <http://www.historyinanhour.com/2012/12/17/herophilus-and-erasistratus/>. Acesso em 25 de Mai. 2018.


Disponível em: <https://www.ebiografia.com/william_harvey/>. Acesso em 25 de Mai. 2018.


  

quinta-feira, 17 de maio de 2018

TEATRO ANATÔMICO E AS DISSECAÇÕES PÚBLICAS


Na Província de Bolonha, dentro do grande Palazzo dell’ Archiginnasio se encontra o Teatro Anatômico, incrivelmente coberto com madeira esculpida, construído por Antonio Levante em 1637 para o ensino da anatomia.
Por volta do século XIV, as dissecações se tornavam cada vez mais comuns no meio acadêmico, houve então um decreto que determinou ao Colégio de Médicos e Cirurgiões de Veneza, na Itália, que praticassem pelo menos uma dissecação publica, anualmente, para suprir as necessidades do homem em conhecer seu próprio corpo. Esse evento social ocorria no Teatro Anatômico.

Disponível em: https://www.flickr.com/photos/by_lawrencesmith/5625907312. Acesso em: 14 de mai. 2018.

Ao centro a mesa onde ocorriam as dissecações.
Disponível em: https://br.pinterest.com/pin/544513411170488448/?lp=true. Acesso em: 14 de mai. 2018.

Dentre todas as admiráveis esculturas, uma das mais interessante é a do pioneiro da rinoplastia, o médico Tagliacozzi, com um nariz na mão.

As dissecações realizadas pelo físico Giovanni Aldini, eram verdadeiros espetáculos, através das técnicas de galvanização, o anatomista realizava descargas elétricas, nos corpos, que causavam contrações musculares de modo que houvesse uma “ressuscitação” momentânea. Esses instantes eram aclamados pelo público. 
Em outra ocasião, Aldini fez uso do corpo de George Foster, um criminoso que foi enforcado em Newgate, Inglaterra. Ele estimulou o corpo de Foster por meio de correntes elétricas, de tal forma que seus músculos se contraíram e ele levantou-se da mesa. Aldini continuou com os choques e o cadáver começou a se contorcer e a "dançar", segundo informes da época. As pessoas realmente acharam que Foster estava vivo.  
Esses acontecimentos influenciaram uma das maiores produções literárias, a famosa obra “Frankenstein”.
Aos poucos, a dissecação foi banida do cotidiano dos leigos, até que passou a ser uma exclusividade da classe média, com a chegada da modernidade, as dissecações se limitaram aos laboratórios de anatomia.

TALAMONI, A. C. B. Os nervos e ossos do ofício: uma análise etnológica da aula de anatomia. São Paulo: UNESP Digital, 2015.
Disponível em: https://www.bolognawelcome.com/home/scopri/luoghi/architettura-e-monumenti/edifici-e-vie-storiche/palazzo-dellarchiginnasio/. Acesso em: 14 de mai. 2018.
Disponível em: https://abolonhesa.com/archiginnasio-bolonha/. Acesso em: 14 de mai. 2018.
Disponível em: https://www.flickr.com/photos/by_lawrencesmith/5625907312. Acesso em: 14 de mai. 2018.
Disponível em: https://br.pinterest.com/pin/544513411170488448/?lp=true. Acesso em: 14 de mai. 2018.


domingo, 13 de maio de 2018

VOCÊ JÁ OUVIU FALAR DE ESPINHA BÍFIDA?

Os ossos são fundamentais para o nosso sistema locomotor, para proteção de órgãos, entre outras funções, por isso é imprescindível ter uma boa saúde óssea para garantia dessas funções e permitir o nosso desempenho em atividades diárias. Mas infelizmente, nem todos dão a devida atenção ao fortalecimento ósseo e isso pode levar a graves consequências.
Entre essas consequências podemos citar a Espinha Bífida, que consiste em uma grave anormalidade congênita do sistema nervoso, se desenvolvendo nos primeiros meses da gestação onde há um defeito na formação do tubo neural, entre as diferentes causas possíveis desta patologia está a ingestão de álcool durante a gestação.
Na Espinha Bífida Posterior (embora possa ocorrer em qualquer nível da coluna vertebral, é mais comum na região lombossacral) essa lesão congênita é causada pelo fechamento incompleto da coluna vertebral, consequentemente o tecido nervoso sai através do orifício formado, gerando uma protuberância mole, na qual a medula espinhal acaba ficando sem proteção. Quando os nervos do plexo lombossacral estão envolvidos, ocorrem graus variáveis de paralisia abaixo do nível envolvido.


Os segmentos da medula cervical (C1 a C8) controlam os movimentos da região cervical e dos membros superiores; os torácicos (T1 a T12) controlam a musculatura do tórax, abdômen e parte dos membros superiores; os lombares (L1 a L5) controlam os movimentos dos membros inferiores; e os segmentos sacrais (S1 a S5) controlam parte dos membros inferiores e o funcionamento da bexiga e intestino. Na espinha bífida, estando a medula e as raízes nervosas impropriamente formadas, os nervos envolvidos podem ser incapazes de controlar os músculos determinando paralisias.

Disponível em: <https://www.infoescola.com/doencas/espinha-bifida/>. Acesso em: 02 mai. 2018
Disponível em: <http://espinhabifida.com/>. Acesso em: 02 mai. 2018

APRENDA BRINCANDO: ATIVIDADE ONLINE SOBRE OSSOS DO CORPO HUMANO


Aprender os nomes dos ossos do corpo humano nem sempre é uma tarefa fácil, são muitos e alguns com nomes difíceis de lembrar, por isso há necessidade de aplicar métodos que diferem do comum no aprendizado, como jogos, brincadeiras, testes, entre outros. Esse site disponibiliza um teste online e gratuito, com alguns nomes de ossos, é só identificar os ossos numerados e arrastar o nome do osso para a sua numeração correspondente na tabela ao lado. Teste seus conhecimentos!

Disponível em: <http://www.imagem.eti.br/atividades_educativas/ossos_do_corpo_humano_ciencias_1.html>. Acesso em: 02 mai. 2018

terça-feira, 1 de maio de 2018

LESÕES ARTICULARES: HÉRNIA DE DISCO

Independentemente do tipo ou local onde ocorrem lesões, esse tipo de problema pode limitar os movimentos do seu corpo, dificultando a execução de diversas funções diárias.
A hérnia de disco ocorre quando parte de um disco intervertebral sai de sua posição normal e comprime as raízes nervosas que se ramificam a partir da medula espinal e que emergem das vértebras. Esse problema é mais comum nas regiões lombar e cervical, por serem áreas mais expostas ao movimento e que suportam mais carga. O disco vertebral é uma estrutura de fibrocartilagem que serve para evitar o contato direto entre uma vértebra e outra, e amortecer o impacto gerado pelos saltos, por exemplo.



A hérnia de disco pode ser dividida em três tipos diferentes, de acordo com sua deformação:
Hérnia de disco protrusa: é o tipo mais comum, quando o núcleo do disco permanece intacto, mas já há perda da forma oval;
Hérnia de disco extrusa: quando o núcleo do disco se encontra deformado, formando uma 'gota';
Hérnia de disco sequestrada: quando o núcleo está muito danificado e pode até mesmo se dividir em duas partes.
O diagnóstico da hérnia de disco pode ser feito através da observação dos sintomas e de exame físico, mas também pode ser confirmado por exames, como tomografia computadorizada ou ressonância magnética, que servem para avaliar o disco, sua espessura, a localização exata da hérnia e que tipo de hérnia a pessoa tem.
Quando realizado o tratamento corretamente, os sintomas levam de 1 a 3 meses para desaparecer, em alguns casos esse período pode ser maior, pois cada paciente responde ao tratamento de uma forma. Os tratamentos para a hérnia de disco consistem em:
-Uso de analgésicos e anti-inflamatórios receitados pelo médico;
-Sessões de fisioterapia com equipamentos, alongamentos e exercícios individualizados;
-Osteopatia que consiste em estalar a coluna e realinhar todas os ossos e articulações;
-Exercícios como RPG, hidroterapia ou Pilates orientado por um fisioterapeuta.
A maioria das pessoas que seguem esses tratamentos se recupera e retorna a suas atividades normais. Poucas pessoas precisarão de tratamento mais específico, que pode incluir injeções de esteroides, que bloqueiam a dor, radiofrequência pulsada ou cirurgia.

Disponível em: <https://www.tuasaude.com/hernia-de-disco/>. Acesso em: 01 mai. 2018.
Disponível em: <http://www.minhavida.com.br/saude/temas/hernia-de-disco>. Acesso em: 01 mai. 2018.